06 março, 2006

Novos Textos...

No trabalho ou no amor; o nome é mulher!
Marco Pezão

Desde Maria - mãe de Cristo - Aparecida, Joana D’Arc, Chica da Silva, Anita Garibaldi, Chiquinha Gonzaga, Marina Silva, Carolina de Jesus, Laurita Ortega Maris, Zezé Mota, Maria Auxiliadora Venâncio, Cora Coralina, Márcia’s, Madalenas, Kátia’s ou Elza’s...; os nomes agora não importam. O fato é que a trajetória da humanidade - leia-se homens - têm uma dívida histórica para com este ser feminil.
Na semana comemorativa ao 8 de março, quando o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, ou em qualquer hora diária, elas estão de corpo presente. E, com honestidade, há de se reconhecer que o progresso das relações sociais - não somente conjugais - está fundamentado nesta que é criatura e criadora, progenitora da existência que habita o planeta Terra.
O homem, na verdade, embora fundamental, é mero coadjuvante do processo embrionário. Forte o bastante, fisicamente, se fez poderoso e, como tal, não poupou atos injustos.
Servis e colocadas em degrau inferior - a história é testemunha - quando naquele trágico ano de 1857, um grupo de 159 mulheres operárias de uma indústria têxtil, em Nova York, rebelou-se contra a carga horária a que eram sujeitas trabalhar - 16 horas diárias – e, com coragem, reivindicaram também salários equiparados aos trabalhadores homens. Cruzaram os braços e pararam as máquinas. Proclamaram, pela primeira vez, uma greve em defesa de seus legítimos direitos.
A resposta foi curta e breve. Covardemente trancadas dentro da própria fábrica - foram incendiadas vivas - para que o exemplo de manifestação e ousadia não se propagasse.
Mas, às chamas submetidas fortaleceu a luz. A evolução é uma engrenagem lenta. A atitude quando correta, mesmo ceifada, germina em nova estação.
Elas, que, são continuamente motivo de exploração sexual, deram passos fecundos em grandeza.
No Brasil, as mulheres conquistaram o direito ao voto podendo concorrer a cargos eletivos somente em 1932. Mas, até o final da década de 1960, tolhidas pelos preconceitos, não podiam entrar no bar e tomar um cafezinho no balcão; sem serem tachadas por vulgar impropério. Isto em São Paulo, uma cidade cosmopolita.
Passam os anos, e as conquistas no plano feminino crescem. Nunca são gratuitas, acontecidas ao acaso. A brutalidade usa diversas máscaras. Porém, o importante, é tê-las rolando face abaixo neste século XXI.
Desmascarada a violência pela força persuasiva e inteligente destas parceiras; podemos respirar um pouco mais aliviados. Apesar de o caminho adiante exigir sucessivo e renovado empreendimento, seguem empenhadas em fazer acontecer o que a respeitabilidade exige.
Estende-se esta projeção às colegas de tantas diferentes profissões. Elas, ainda, acumulam serem donas de casa, mães, filhas, avós e esposas. Sejam merendeiras, serventes, domésticas, operárias, estudantes, motoristas, jornalistas, poetisas, atrizes, cientistas, políticas, atletas, professoras, diretoras e secretárias, que, com ação e palavras, alimentam a vida.
O carinho textual com que tratam a família. Na labuta cotidiana rezam e lutam pela sorte dos entes queridos. Enfrentando e vencendo desafios que, na maioria das vezes, vão desde o raiar do dia até o calar da noite. Não há ônibus lotado que às impeçam de trabalhar. Não existem enchentes impossíveis de atravessar. Sem esmorecimento traduzem e transformam. Tornando possível a felicidade no repleto e complexo amor. Não importa a cor. Nem a dor. Não implica o momento e nem o tamanho do tormento - acima de tudo e sobre tudo - são mulheres!



"Não quero alguém que morra de amor por mim...

Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!"

(Mário Quintana)

Enviado por Fernanda Hanna
Música, literatura & poesia, a vida com essências...

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Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha