06 novembro, 2008

[I JUST CALLED TO SAY, I ACCEPT OBAMA; ISN'T LIE...- SÓ CHAMEI PARA DIZER, AACEITO OBAMA; NÂO É MENTIRA!].



Venha cá, puxe uma cadeira, se preferir tire os sapatos, deixe-os sobre o tapete bege da sala, beba um gole de água mineral, cruze as pernas, relaxe, aguce os ouvidos; necessitamos, e, muito, conversar.

Não – não se preocupe.

Quando enviei o e.mail –
josebentomonteirolobato@ceus.eternidade o convite; sabia, de antemão, que a conversa não caminharia com os minúsculos pés da facilidade, mas como autodidata falo, também, o idioma do pensamento – a telepatia.

Vamos aos fatos...

Verdade é, há sessenta anos do pretérito nada mais, nada menos, disseste:... – [The United States of American – nomes próprios não se contemplam com versões – será uma grande nação no dia em que eleger um presidente negro!].

Magnífica exclamação...

No entanto, a alocução é falha e ilusória na medida em que se trata de uma ironia – todos nós e, inclusive tu, ó Monteiro Lobato temos a convicção de racista ao extremo que, sob as névoas da história, semicômico nos escaninhos da vida, tu foste ao proferir semelhante profecia.

Um presidente negro!

Utópico ou não, a realidade é embalada pelos braços aconchegantes do resultado – Barack Hussein Obama é o novo presidente, simulacro da raça negra, eleito para administrar a maior potência do planeta.

Não obstante, e agora José?

A profecia se cumprirá na plenitude?

Narizinho, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, personagens intangíveis da tua ficção se mostram reticentes, e, vis nada asseveram, tu, porém, que dizes?

Barack Hussein Obama, contrariando as antigas tradições racistas estadunidenses, é o decano da raça negra a ocupar a conhecida [White House] – a espécie de sessenta anos do pretérito, finalmente, se materializou no simulacro do Senador que, nas urnas, e, pelo voto do povo, se impôs a John McCain.

O que acontecerá de agora em diante?

Bem, esperamos que do racismo arraigado na sociedade estadunidense não se levante um novo [Lee Oswald] para exterminar o [John Fritzgerald Kennedy] da cútis do tom bronze – make love not war (faça amor, não faça a guerra), pois a humanidade somente será semelhante ao Criador no dia em que banir os preconceitos, dar-se as mãos, e, olhar a imagem de Deus em cada semelhante.

Em outras palavras, fica aqui a minha profecia; isto!

Poesia nos muros

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