22 outubro, 2008

[UM ESTADO DE COMPLETA INSENSATEZ]

Antenor acaba de completa sete anos e, nessa idade, começa a estudar.

Primeiro cursa os estudos mais elementares, isto é, os iniciais que se rotulam como fundamentais e neles permanece durante nada mais, nada menos do que cinco anos.

Terminado os primeiros cinco anos de aprendizado, ingressa nos estudos em médios é aí permanece por longos três anos, e, então, sente que a escalada junto as suas habilidades e vocações abre-lhe as portas da Universidade e, em razão direta da sua aplicação, adentrando ao mundo mágico da Universidade, estuda a Filosofia do Direito.

O Direito Romano, o Direito Civil, o Direito Comercial, o Direito Financeiro, o Direito Público, o Direito Privado e as demais cadeiras da Filosofia do Direito são companheiras e cúmplices em sua vida estudantil.

Certo dia, experiente, o Velho Mestre, disse-lhe:... – Venha cá, deixe de lado um minuto os livros, o código civil, e, puxe a cadeira; precisamos conversar...

O Velho Mestre o inquire:... – [Estás terminando o curso; é ou não é verdade?].

O Candidato a jurista responde:... – [Sim, Mestre, por certo, amanhã é a minha ultima aula!].

O Velho Mestre contra-argumenta:... – [E depois que tomares na mão o teu Diploma, o que farás da vida?].

O ex-aluno considera:... – [Bem; aplicar os meus conhecimentos, juntar fortuna, e, entrementes, procurar fazer o meu nome como jurista; quem sabe um juiz?].

O Velho Mestre reitera, e, depois?

O ex-aluno primeiro é hesitante, mas infere:... – [Depois me aposentar, viver com folga, viajar, gozar a vida.].

O Velho Mestre, prolixo e redundante; e, depois?

O ex-aluno já com um cálice do vinho da insegurança... – [Depois ser abraçado pela morte!].

O Velho Mestre, insistente, e, depois?

O ex-aluno perdido no universo de suas mais crassas ineficácias... – [Não sei...].

A idéia, no âmbito da humanidade, sempre foi uma idéia comum; há aqueles que planejam e não se interessam por aquilo que, realmente, tem valor.

Destarte, diante disso, a nossa meditação sensata e coerente figura na luz da sabedoria e não nas trevas da ignorância, pois... –[Abundancia e vida eterna são como duas estradas que não se encontram porque são paralelas e não obliquas.].
É isso!

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha