02 julho, 2008

"AMOR LÚBRICO OU CÓSMICO?".

Povo da Literatura no Brasil, este poema foi escrito para o [Amor Lúbrico - textos para serem lidos na cama], mas, como não se podia concorrer nas duas categorias, e, optei pelo conto; ei-lo a posteriori...

Como quisera lhe dizer:... - Estou em teste,
E, não sou daqui, mas um extra-terrestre,
Oriundo, sim, desse universo cósmico.
De lá; viajo por quarenta trilhões de quilômetros,
E, claro; não me preocupo com esse tal cronômetro,
Do relógio do tempo; o protótipo.
Venho de um planeta que orbita a Alpha Centauro,
Estranho; sou metade homem e metade tauru,
É, acho; sou mesmo um ser utópico.
E nesta utopia desse meu singelo caminhar,
No Terra, eu venho, apenas, lhe amar,
Diante do meu abstrato amor exótico.
Venho viver consigo a estranha aventura,
E, oferecer-lhe trinta de comprimento e seis de largura,
Neste mundinho seu de tão despótico.
Quero me escorregar nos fluídos do seu sexo,
E, lentamente, fazer-lhe provar o amor convexo,
Tão sensual, tão selvagem, tão estóico.
Quero provar, é claro, a descarga da centelha,
Que emana desse seu sangue em cor vermelha,
Perante o meu verde nesse intróito.
Entretanto, não lhe expor ao contágio da diversidade,
Contrastante entre hemácias verdes e vermelhas; é verdade,
Porque não sou, eu, um ser insano ou paranóico.
Assim, é que, na estrada que, na vida, se caminha,
Eu hei de usar, sim, em meu pênis, a camisinha,
Pois, até o meu sêmen não é terreno; é cósmico!


Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha