23 maio, 2008

"Soneto à Isabel Fillardis".

Não é mentira, é verdade, digo:... - Eu vi Deus.
Sentar-se ao trono, pegar as tintas, o verniz e a prancheta,
Acondicionadas lá no fundo de uma singela gaveta,
Para, pintando, por na tela os singelos traços teus.

Deus pega; o secante, o óleo de linhaça, e, o pincel,
Amolda a tela, toma a espátula para a tinta espalhar,
E em rápidas pinceladas, o teu rosto, moldar,
Milagre é a tua imagem lá na tela... - Ó Isabel!

A tinta azul serve para te moldar os olhos,
A cor que te pinta a pele é a marron como os abrolhos,
E, o abstrato é o fogo em que ardes.

Cabelos negros, lábios carnudos da cor vermelha,
No coração, do amor, tens tu a fiel centelha,
Meu modelo és de Isabel Fillardis!

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha