07 fevereiro, 2007

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O PRAZER DA LEITURA!
(SÉRGIO VAZ)
Pouca coisas da vida me é tão claro quanto ao gosto e prazer que eu sinto pela leitura. Simplesmente adoro ler. Leio desde criança e nunca tive nenhuma dúvida sobre o poder impactante da literatura na vida das pessoas. Primeiro porque a literatura é democrática, não importa quem a seduza, ela é sempre generosa, dá para qualquer um e em qualquer lugar. Segundo é por uma questão de saúde pública: "Quem lê enxerga melhor". O livro me acompanha desde criança, e por conta dele ainda me sinto uma. Ficção ? Não sei. Mas a realidade é que o livro sempre fez parte das minhas brincadeiras de molecada. Pipa, pião, bolinha de gude, esconde-esconde, pega-pega, futebol, etc. e livro. Nada dava mais prazer do que estar vivo nesses dias de histórias inenarráveis.Capitães de areia vivíamos o Tempo e o vento. Meus pés cravados nas ruas de terra do planeta periferia e o sol tatuando meu rosto com o suor da magia da eternidade... Poesia ? Que nada. É gratidão mesmo! Gratidão a Jorge Amado, Cervantes, Branca de neve, Ali babá, Neruda, Victor Hugo, Garcia Marques, Lorca e tantos outros. Gratidão ao Guina, Bacamarte, Pigmeu, Gengibão, Samuca, estrela F. C. e a tantos outros amigos, que naquela altura, se confundiam com os personagens dos livros, que me abraçavam nas mil e uma noites dessa minha saga. Prosa ? Nem te conto. É tudo verdade. Também existia os mentirosos, não os escritores - esses a gente já conhecem-, os falsos leitores. Estavavam sempre com um livro embaixo do braço, mas quase nunca liam. Usavam-no como desodorante. Mas pelo menos faziam propaganda do livro. Não era de todo ruim. De lá pra cá muita coisa mudou. Muita coisa nós mudamos, mas paixão pelo livro se mantém viva como todas essas lembranças da infância. O livro ainda continua sendo um grande parceiro. Nem sempre acato tudo que ele diz, mas estou sempre atento ao que ele tem a dizer. Hoje com alguns cabelos brancos, continuo a ler como criança e continuo dando corda na brincadeira da vida : futebol de várzea, cerveja gelada, recital de poesia, sinuca, teatro, cinema, show, samba, e por aí vou eu, esse romance inacabado. Tudo isso é necessário para que a literatura não caia na chatice e que o hábito da leitura não descambe para a arrôgancia. Ler não é chato, mas tem muito chato que lê, e o que é pior, quer sempre impor o que ele leu. Ficção ? Quem dera fosse. Perdido em sua pseudo-intelectualidade, o chato não sabe,ou finge que não sabe que a literatura é pura sedução. É puro prazer. Ler para existir. É perigoso existir para ler. Sempre será necessário ler um bom livro, mas também é imprescindível que a gente tenha o hábito de ler pessoas. Sim, as pessoas, são elas que inspiram os livros.
Atenciosamente,
poeta Sérgio Vaz.

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