27 agosto, 2006

Paulo Pereira

Não te amo

Não, eu não te amo.
E não há como amar.
Somos dois loucos,
Temperamentais de um tempo que não veio.
Inversos de versos que nunca poderão ser escritos.
Não, não me beijes,
Não há razão para gastar salivas e entendimentos.
O tempo se foi e eu me fui de mim mesmo sem levar-te...
Não, eu não te amo.
Talvez nunca tenha amado.
E não chores, nem me deixes chorar.
Eu só quero sorrir.
Não mande o carteiro,
Nem o curandeiro,
Nem o advogado,
Nem o feiticeiro.
Mande-me apenas o mensageiro,
e um ponto final numa folha de papel.

Paulo Pereira

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