02 junho, 2005

Inédito...

Este texto abaixo, é um trabalho coletivo de quatro escritores. São eles: Sérgio Vaz, Sacolinha, Alessandro Buzo e Marcopezão.
Quem lhe dera fosse apenas um pesadelo!

I
A intenção daquele homem era de sair do serviço, chegar no bairro e tomar uma dose de bagaceira. Depois, em casa, tomar banho gelado. Jantar e dormir profundamente.
Mas, aquela prostituta da Praça da Sé, mudou todo o seu pensamento. Pensamento voltado nas duas grandes coxas bronzeadas, corpo gostoso, seguido de seios naturais, ou de silicone? Sabe-se lá.
Agora a intenção é de se refugiar no quarto com essa mulher da vida e esquecer tudo o que aconteceu neste dia... E o que ainda está por vir. Ejacular o esporro que levou do patrão hoje de manhã, o fim do seu casamento, a infertilidade que o impede de ser pai e tudo o mais.
Já está fodido mesmo! O que importa ficar fodido e meio gastando o que tem no bolso, com essa mulher.
Entraram no hotel ao lado da catedral. Ela ia pensando na grana e, ele, apenas tentando se concentrar.
Os 30 minutos pagos por Juvenal, passaram... E, agora, ele, homem de 37 anos de idade caminha relaxado em direção a estação do metrô. Indiferente aos meninos cheirando cola de sapateiro no escadão da igreja. Indiferente aos mendigos pedindo esmolas com garrafas de pinga nas mãos. E, indiferente, aos comércios que abaixavam suas portas.
A noite estava apenas começando...

II
Juvenal embarcou no metrô sentido Itaquera, desceu no Brás e seguiu seu caminho. Queria tomar uma pinga, mas, no comércio dentro da estação, no trecho que liga o metrô ao trem não vende bebida alcoólica.
O prazer do sexo que fez com a garota de programa estava indo embora e no seu lugar vinha um sentimento confuso sobre o fim do seu casamento. Abalado, por que sua mulher queria filhos e, ele, não podia ter. Mas isso não justificava, ela ter lhe trocado pelo Milton; seu amigo de infância. Bateu uma tremenda dor de corno, e Juvenal queria vingança ou se acabar de beber nesta noite.
O povo anda apressado e, ele, viajando na maionese, atrapalha o caminho.Uns trombam com ele. Outros reclamam. Até que Juvenal chega no trem, encosta numa porta fechada, e fica imaginando o que fazer? Se sentiu mal de ter aceitado, calado, as ofensas que recebeu de manhã do patrão. Devia ter respondido. Pedido a conta. Mas, calou, humilhado. Ele agora tinha certeza. Era um fracassado, e por isso fora abandonado pela mulher que tanto ama.
Ficou olhando os rostos das pessoas, naquela composição velha que segue sentido Calmon Viana. Ele irá desembarcar em Itaquaquecetuba.
Em cada rosto um olhar cansado. Parece que ali só tem gente com problemas. Ninguém sorri. Ninguém se destaca na multidão, a não ser uma garota. Extremamente bonita, e que está sentada longe. Ela lê um livro, e nem dá bola para o restante daquele povo. Ela parece um ser superior.
Passa um camelô, e Juvenal compra uma cerveja. Confere o dinheiro, e o pouco que tem é suficiente para se embebedar. Foda-se o trabalho. Amanhã, iria faltar. Pensou que poderia comprar umas pedras de crack, e como nos velhos tempos esquecer seus problemas.
Toma a cerveja, decidindo o que fará em Itaquá.

III
Juvenal se sente no próprio navio negreiro dentro desse trem; embora nunca tenha lhe passado pela cabeça o que fora um. Também, pouco importava o sofrimento dos outros, quando, ele parecia carregar as dores do mundo.
Bebe um gole da cerveja quase sem gelo, e sente o gosto amargo da solidão apesar do trem estar super lotado. Na cabeça, o pensamento percorre no trilho do seu dia de merda que não consegue esquecer. O patrão, a puta, a cachaça, a vida miserável que leva, tudo ao mesmo tempo e na mesma velocidade com que a vida passa pela janela.
À sua frente uma mulher implica com a criança que se inquietava no colo. Pensou na criança como seu filho, e que a mulher jamais ralharia com ele. Mas lembrou que não pode ter filhos, e que não tem mais mulher. Bebe outro gole de cerveja e o álcool incita o ódio que cresce em seu coração.
Pensa na mulher do livro, alheia ao mundo. E a vê com olhos de quem a despiu inteira. O suor nas mãos, só de pensar nos seios dela.
Mais ao lado, um gordo segura uma bíblia. Mas, não lê, talvez, porque, já saiba tudo de cor ou descansa sua fé por um instante. Impotente, Juvenal não havia pensado em Deus durante todo o dia. Talvez nunca tenha pensado. Foda-se, pensou: “O gordo acredita nele mais do que eu, e está no mesmo trem! Então, foda-se mesmo!”.
Ficou surpreso com a coragem desafiando o divino. Não enfrentou o patrão, mas enfrentava Deus. A cerveja acabou.
As estações ficando para trás. Mas o futuro não saía da cabeça, e o trem lotado de gente que mais parece ir para o cadafalso. O trem parecendo o quarto de despejo da sociedade. A gostosa lendo o livro. A criança chorando a bíblia do gordo, o patrão filho da puta. A puta, o camelô que sumiu e tudo mais girando em sua cabeça na velocidade da luz.Tudo ali num imenso furacão e ele só conseguiu murmurar: “Amanhã eu não vou trabalhar”.
Na confusão dos pensamentos lembrou-se de Milton, seu ex-amigo, agora com sua ex-mulher, e se arrependeu de não tê-los matados quando teve oportunidade. A essa hora, a vagabunda da mulher deve estar acariciando o safado com a ternura que lhe subtraiu. O camelô retorna ao vagão, e ele pega outra cerveja. Agora mais quente que a primeira.
Em pé, uma senhora esfrega-lhe a sacola em seu rosto à espera de uma gentileza e só o que ele pensa é: “Se encostar de novo derramo a cerveja nela, não se pode nem sofrer em paz”!
A gostosa tira os olhos do livro, para ver se a estação está perto. - “Quem sabe...”, pensa ele - Mas a rainha da literatura apenas passa os olhos sem descansar nos dele, aliás, olhava pra todos, mas não enxergava ninguém. Arrogante, foi assim que a definiu. Imaginou-a nos braços recitando um trecho do livro e, ele, afagando-a. Os seios sob a blusa. Esse pensamento lascivo quase o tira da solidão, mas o trem pára bruscamente numa estação esparramando no chão esse único segundo sem dor, desse dia infernal.
Nesse momento, chegou a conclusão que o inferno só poderia ser um trem a caminho de casa; depois de um dia fodido de trabalho. Ali, remoendo sua mísera existência desconfiou que o condutor seria o próprio demo em pessoa. Discretamente, fez o sinal da cruz. Mas, esquecera que minutos atrás ofendera o senhor e, provavelmente, não teria proteção divina. Sem Deus, nem diabo, o destino agora estava por sua conta.
A criança dormiu, a mulher do livro parece não trocar de página e Itaquaquecetuba se aproxima.

IV
Na chegada das luzes da cidade, Juvenal, por um momento, se distraiu e recordou antiga passagem de infância...
Sentados no banco, ele e o pai retornando com as compras. O rosto pequeno colado no vidro, contando o brilho das lâmpadas nas extremidades dos postes de madeira que vinham e se perdiam seguidamente. Juvenal segura pequenos embrulhos, no colo mirrado. Presentes às duas irmãs mais velhas.
O "velho", assim o chamavam, com sacolas entre as pernas envolvia nos braços um boneco inflável, cheio, enorme! Do tipo "João Teimoso", daqueles que nunca ficam deitados. Por mais que apanhem, tombem, voltam a ficar em pé. Em meio ao vácuo da saudade se viu feliz.
Ouviu o mesmo som do apito anunciando a chegada. O mesmo freio de ar. A mesma plataforma, mas, a expectativa, agora, é diferente. Olhou ao lado e não havia ninguém. As pessoas aglomeradas à porta de saída. Sentiu vontade de se deixar ficar. Desejou que o trem continuasse viajando eternamente. Em seu íntimo, o pavor de sair dali; ultrapassar a catraca e chegar na rua.
Sentindo certo torpor ficou observando a noite tingir o céu de estranha pintura. Estrelas cintilando o centro global. Nuvens densas e escuras recobrindo o horizonte no sul e oeste, crescendo a leste. Ao norte, o azul infinito. O dia se fez quente, agora o frio de outono abrangendo conotações de inverno. - Será que vai chover? - Na calçada, Juvenal olhou o tráfego intenso. Os faróis e buzinas. Indeciso, qual rumo tomar? Atravessar a avenida? Descer até o largo? Ou parar no bar da praça? O relógio no pulso, presente da ex mulher por ocasião do noivado, agora o irritava. Em desprezo a essa vaga lembrança cuspiu no chão. - Maldita! - falou entre dentes. Os ponteiros marcavam 20h45.
Se deixou levar por impulso e em uma barraca próxima da estação pediu bagaceira. - Bagaceira? Não tem, respondeu o homem.
- Então me dê uma cachaça com limão - Contou o minguado dinheiro. Sobravam R$ 8,00. Dava pra tomar outras. Ficaria bebado, legal.
O gole absorveu meia dose. Sentiu queimar por dentro e um calor instantâneo vaporizou a mente. A conversa rolava entre os fregueses, mas, Juvenal, mantinha o olhar dirigido ao recanto ao lado; a uma pontiaguda faca, onde o sujeito desossava um porco expondo as partes sobre o balcão. Sorveu um pouco mais da cachaça, deixando um resto para depois de acender o cigarro. Os olhos grudados na faca manuseada pelo homem que limpava a barrigada. Em seguida, com um golpe de machado separa o pernil. A canção no rádio chamou sua atenção: "Pelo amor de uma mulher eu mato. Eu morro." Estranha quimica. Nas partes destrinchadas viu Dora, e o amante. E, ele, Juvenal, os esfaqueando, os esquartejando. Wilson, gemendo. Dora sangrando. Sentiu o prazer dos golpes e o sangue brotar das visceras: - Malditos - Bebeu o restante da pinga e seguiu caminho.
Percorrendo paralelo ao muro que circunda a linha do trem, os estranhos pensamentos o atormentavam:
- Vingança - bradava seu interior. O cérebro projetando imagens. Como num filme, Juvenal se via com um revólver na mão. Disparando contra o peito do patrão, suplicante...
Em seguida, arrombando a casa onde até um mês atrás, ele, Juvenal, reinava. E, naquele instante, viviam os desafetos de seu amor próprio. Gozando na cama onde tantas vezes, ele, Juvenal, a amou, sinceramente.
Os tinha em mente, nus. Rindo dele, felizes. E, na aparição, ele, Juvenal, de arma em punho. Ameaçador, os faz ficar de joelhos pedindo clemência. Punição, repetia a si mesmo. E os tiros, um após outro, mortificando a desesperada paixão. Terminou a débil narrativa, esvaziando novo copo.
Aguardando o sinal pra cruzar a linha do trem, sua alma estremeceu com a velocidade dos pesados vagões carregando centenas de vivas fotografias. Imaginou-se suicida. Ter o corpo dilacerado sob as rodas de ferro seria uma forma de auto-punição, de acabar com todo o sofrimento. Viu a locomotiva sumir no meio da noite, e continou a solitária marcha.
Juvenal sempre foi um cara reservado. Concluiu somente o curso primário. Aprendeu a profissão que exercia, mecânico de manutenção, na montadora de carros onde trabalhou durante oito anos. Época boa. O salário recebido permitia almejar um futuro promissor. Porém, com a morte repentina do pai, sua vida começou a se tornar nebulosa. A mãe, passado algum tempo, iria morar na Vila Nhocuné, em São Paulo, com a irmã já casada. A outra, a mais velha, formada professora, havia se mudado para o interior paulista.
Devido ao trabalho, Juvenal permaneceu em Itaquacetuba. Sozinho, começou a beber com mais frequência. Sem ter consciência do fato, flagelado espírito o incomodava.
Saía com os colegas de trabalho para curtir a noitada, mas pouco se divertia. E numa dessas baladas, os companheiros o apresentaram ao mundo das drogas. Com o uso, sentiu-se super. E querendo cada vez mais sentir a surpreendente empolgação, o vício o absorveu. Deixou de ser aquele empregado responsável, e problemas na empresa surgiram. Então, para esquecer os problemas, ele fumava. Queimava... Aos 28 anos, foi despedido.
Só se deu conta do estrago causado e o tempo perdido, quando conheceu Dora. Balconista que o serviu, na compra de uma camisa. Atenciosa, despertou em Juvenal algo nunca sentido. Enamorou-se. Havia recebido a indenização, tinha recurso no banco. Procurou a família, resolvido vender a moradia. Queria esquecer o passado recente. Venderam, e a mãe lhe deu parte do dinheiro. Dona Joana, que, embora distante, sabia do problematico desvio de Juvenal, aconselhou: "Não deixe de procurar a felicidade. Ela existe. Basta perceber".
Levado pelo encanto, Dora percebeu a vulneravel capa. Juvenal comprou calças, meias, cuecas, pagando a vista; só para impressioná-la. Dora deu a colher de chá esperada.
O convite para comer pizza. Começaram a namorar. Envolveram-se. Surgiram planos, e juntando as economias compraram uma casa. Casaram-se. E viveram agradáveis passagens. Desfeitas ao fim de oito anos, e, que, hoje, martirizam Juvenal.
Passava da meia noite e os depressivos passos aventuram-se nos degraus da escada, em número de seis, até chegar na porta de entrada de sua residência. Resistência de habitação coletiva, antigamente curtiço. À Juvenal cabe o aluguél de um quarto, cozinha e banheiro; juntamente com mais nove locações divididas no mesmo quintal.
Ali mora desde a separação. Juvenal teve que mudar. Pra tirar Dora, da casa onde residiram, só matando. - Wilson filho da puta! -
O ranger da porta. Acesa a cozinha, maior tristeza. Um fogão de segunda, comprado com o armário que estava no chão; esperando por ser pendurado. Louça por lavar. Apoiou-se na cadeira, olhou em torno. Restos de comida, pratos sujos em cima da mesa. Tudo rodava. Parou na entrada do quarto. A cama desarrumada. As roupas espalhadas, amontoadas ao canto. Solidão imensa se apossa de Juvenal. Ele deitou e chorou copiosamente.
O patrão não pode ser odiado pela bronca. Fora merecido. Juvenal esqueceu de desligar a máquina de solda e os cabos tinham se derretido. Dora também não era culpada. Juvenal sabia do desejo de ter filhos. Quando souberam de sua infertilidade, o médico receitou tratamento. Podia estar curado em alguns meses, um ano...
Talvez por sentimento egoista, de não querer dividir Dora com ninguém, mesmo com um filho; ou quem sabe desleixo, Juvenal não se incomodou com o problema e enrolou a solução. Deu no que deu.
Não havia de matar. Pelo menos, então, morrer aos poucos. Assim, agonizante, igual ao que sentia naquele momento. Em que o mundo parecia desabar do teto imóvel sobre ele. O veredito o apontava culpado. Adormeceu profundamente.
Quem dera explicar as tramas do subconsciente. A imagem do boneco João Teimoso vagou nos olhos cerrados. Deitando e levantado. Caindo pra ficar em pé. Constante movimento... A respiração tensa tornou-se tranqüila e nem os latidos dos cães próximos à janela, ou o miado dos gatos sobre o telhado, foram capazes de acordá-lo.
Às cinco horas, os relógios das locações vizinhas, feito sinfonia, despertaram o amanhacer. Na porta, ouve-se batidas e voz feminina. "Juvenal, Juvenal! Acorda, homem. Vai perder a hora".
Demorou alguns minutos até entender o chamado. Zonzo, girou a fechadura e o ar da manhã soprou-lhe no rosto cheiro bom.
Ângela, vizinha da casa em frente, declara sonoro - Bom dia! -
Mesmo com a cara inchada, a cabeça pesada, e as vestes do dia anterior amarrotadas. Ainda assim, Juvenal ouviu um galo cantar, distante.
Vestindo claro roupão de banho levemente molhado, colado ao excitante corpo, os cabelos curtos e respingados. Olhos grandes e castanhos. Os seios querendo saltar pra fora do tecido úmido. Ângela, negra. A tez, negra, negra... O sorisso alvo. Alvíssimo. Feição forte exalando beleza. Simpatia. Delirante perfume.
Sonolento ou atordoado pela visão concebida, Juvenal respondeu: "O que aconteceu?".
- "Ô Juvenal, empresta duas colher do pó de café. A água tá fervendo e só agora percebi que acabou".
Procurou no deslocado armário e, em seguida, diante dela, entregou o pote: "Use, depois você devolve".
Ângela falou:"Se agita, homem. Senão, você perde o tempo do trem". Ó palavras saídas daqueles lábios carnudos. Sorrindo tornou à porta defronte, separada por dois metros de cimentado.
Juvenal no banheiro, olha-se no espelho. Se despe, e, na água do chuveiro busca o fio de agonia sentida, ontem. Ao inverso: Juvenal sentiu dentro de si, estremecimento. Enquanto se ensaboava lembrou do sonho, e não soube distinguir o significado. Tentou escovar os dentes e ânsia de vômito do âmago aflorou. A vaga lembrança de Dora escorreu azeda boca afora. A puta, Wilson, o patrão, foram-se noutra golfada...
Invadindo, o cheiro do café passado no coador e o doce cantar se prolongando: "Vem meu preto, quero sentir teu corpo. Dar meu colo. Me banhar, te enxaguar de prazer". O rastro...
Juvenal estava vestido quando colocou no pulso o relógio dado pela ex mulher; eram 5h45. Saiu à porta. Olhou as plantas fortalecidas em oxigênio, aguardando o sol. Tirou do maço, o cigarro. Antes de acender, por costume, o socou na unha três vezes e o segurou no canto esquerdo da boca. Em quietude, ouvia o cantarolar de Ângela: "Vem meu preto, quero sentir teu corpo..."
Viu, humilde flor despontando no vaso mal cuidado. Retirou a erva daninha à sufocá-la. Surpreendido, pensou em Deus. No pai, no trem, no João Teimoso teimando em ficar erguido... A mãe e o eco: "Nunca deixe de procurar a felicidade. Ela existe. Basta perceber..."
- Está esperando o café pra acender o cigarro?
Meiguice que o fez refletir por um instante nos pesares vividos; bom se fosse apenas um pesadelo. Não o é. É a realidade. "A realidade existe para ser transformada", pensou firmemente.
Segurando a asa da xícara, Ângela falou:
- "Se demorar, vai esfriar".
Acesa a chama. A fumaça do cigarro contrapondo ao aroma de ar fresco. Seguiram ao encontro dos primeiros raios de luz. Há vida em movimento. Um novo dia começou...

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